Bandeiras tarifárias: veja como elas podem aumentar a sua conta de energia!

As bandeiras tarifárias (verde, amarela e vermelha) são sinalizações mensais presentes na conta de energia que indicam variações do custo da energia devido às condições de geração das produtoras.

É comum não se atentar às bandeiras tarifárias em uma conta de energia, mas as diferentes cores podem simbolizar uma alteração significativa no caixa das empresas. Em vigor desde 2015, é possível encontrá-las em todas as contas de energia.

E, para conseguir gerenciar melhor o custo de energia elétrica, é importante entender o sistema das bandeiras tarifárias, de modo a elaborar estratégias para reduzir os gastos com energia e, consequentemente, o valor pago no final do mês. Abaixo você encontra tudo o que precisa saber sobre as bandeiras!

O que são as bandeiras tarifárias?

A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) criou as bandeiras tarifárias com o intuito de sinalizar aos consumidores os momentos em que o custo de geração de energia está mais caro. Essa demonstração ocorre através  de um acréscimo no valor da tarifa de energia.

Com essa informação em mãos, os consumidores tendem a adequar seu consumo nos períodos de cobrança adicional. Dessa forma, o mecanismo é composto por quatro níveis distintos, que são, respectivamente:

  • bandeira verde
  • bandeira amarela
  • bandeira vermelha 1
  • bandeira vermelha 2

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Como funciona o mecanismo das bandeiras tarifárias?

O mecanismo das bandeiras tarifárias funciona do mesmo modo que um samáforo de trânsito, por exemplo. O verde significa “normal” e o vermelho significa “anormal”, como um “ok, a sua conta não terá acréscimos” e um “preste atenção, as condições nos fizeram ter que adicionar algum custo à conta”, respectivamente.

Assim, o sistema aplica a bandeira tarifária verde em condições normais de geração de energia. Ou seja, nesse nível não há cobrança adicional nas contas de energia.

Durante os períodos de bandeira amarela, a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,02989 por cada quilowatt-hora (kWh) consumido. Já no primeiro patamar da bandeira vermelha, o acréscimo na tarifa por quilowatt-hora consumido é de R $0,065; Finalmente no patamar II, quando as condições são ainda mais custosas, o acréscimo por quilowatt-hora consumido é de R$ 0,09795.

O valor das bandeiras tarifárias é revisto todo ano pela ANEEL, de modo que estas tarifas são válidas para o ano-calendário 2022-2023. Este sistema é de caráter nacional, abrangendo igualmente todo o território. Contudo, devido aos impostos estaduais e federais, o custo energético final pode variar de estado para estado.

Bandeira de escassez hídrica

A bandeira de escassez hídrica foi idealizada no âmbito da crise hídrica de 2021. O volume de chuvas foi o menor em 91 anos, elevando exponencialmente os custos de produção de nosso sistema de abastecimento majoritariamente hidrelétrico. A principal causa do aumento de custo foi o acionamento de usinas termoelétricas, para evitar o risco de blackouts.

Do dia 1° de setembro de 2021 ao 16° de abril de 2022, foi cobrada uma taxa adicional de 0,142 por kWh consumido, a maior da história! Por mais que a bandeira de escassez hídrica tenha sido extinta por enquanto, nada impede seu retorno durante um período de crise análoga à de 2021.

Na prática

Para o seu melhor entendimento, imagine que, nos meses mais secos do ano – principalmente durante o inverno – as hidrelétricas não consigam armazenar tanta água pela falta de chuva. Logo, os reservatórios se encontram em níveis mais baixos.

Devido à situação, o Operador Nacional do Sistema (ONS) ativa as usinas termelétricas para garantir o fornecimento de energia no território nacional. Como a energia termelétrica é mais cara, esse custo extra é compensado pelas bandeiras tarifárias amarela e vermelha.

Como se livrar do custo adicional das bandeiras tarifárias na conta de energia?

Clientes que querem se planejar com relação aos possíveis custos adicionais das bandeiras tarifárias podem adotar medidas simples de economia ou soluções robustas de eficiência energética. Alguns exemplos são sistemas de iluminação via LED e a utilização de equipamentos com melhor eficiência.

Outra saída é o Mercado Livre de Energia. Isso pois os clientes que optam por contratar energia nesse ambiente não sofrem cobranças adicionais das bandeiras tarifárias, justamente porque estão contratando energia diretamente de outros fornecedores, e não da sua distribuidora.

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